sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Algumas sugestões de como criar interesses nos alunos


O professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno queira aprender, deve fornecer estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender. Apresentamos algumas sugestões de como criar interesses nos alunos:

1. Propiciar a descoberta. O aluno deve ser desafiado, para que deseje saber, e uma forma de criar este interesse é dar a ele a possibilidade de descobrir.

2. Desenvolver nos alunos uma atitude de investigação, uma atitude que garanta o desejo mais duradouro de saber, de querer saber sempre. Desejar saber deve passar a ser um estilo de vida. Essa atitude pode ser desenvolvida com atividades muitos simples, que começam pelo incentivo à observação da realidade próxima ao aluno - sua vida cotidiana_, os objetos que fazem parte de seu mundo físico e social. essas observações sistematizadas vão gerar dúvidas (por que as coisas são como são?) e aí é preciso investigar, descobrir.

3. Falar sempre em uma linguagem acessível, de fácil compreensão.

4. Os exercícios e tarefas deverão ter um grau adequado de complexidade. Tarefas muito difíceis, que geram fracasso, e tarefas fáceis, que não desafiam, levam à perda do interesse. O aluno não "fica a fim".

5. Compreender a utilidade do que está aprendendo é também fundamental. Não é difícil para o professor estar sempre retomando em suas aulas a importância e utilidade que o conhecimento tem e poderá ter para o aluno. Somos sempre "a fim" de aprender coisas que são úteis e tem sentido para nossa vida.

Ao estimular o aluno, o educador desafia-o sempre, para ele, aprendizagem é também motivação, onde os motivos provocam o interesse para aquilo que vai ser aprendido. É fundamental que o aluno queira dominar alguma competência. O desejo de realização é a própria motivação, assim o professor deve fornecer sempre ao aluno o conhecimento de seus avanços,  captando a atenção do aluno.

A aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. A aprendizagem é resultante do desenvolvimento de aptidões e de conhecimentos, bem como da transferência destes para novas situações.

A estrutura cognitiva do aluno apresenta e correspondem a um percurso de aprendizagem contínuo são fundamentais na aprendizagem de novos conhecimentos. São os conhecimentos que o aluno já possui que influenciam o comportamento do aluno em cada momento, uma vez que disponibiliza os recursos para a aptidão.

É necessário refletir sobre o que é o conhecimento e perceber que é algo de complexo que deve ser entendido como um processo de construção e não como um espelho que reflete a realidade exterior. O professor deve utilizar as estratégias que permitam ao aluno integrar conhecimentos novos, utilizando para tal métodos adequados e um currículo bem estruturado, não esquecendo do papel fundamental que a motivação apresenta neste processo.

As técnicas de incentivo que buscam os motivos para o aluno se tornar motivado, proporcionam uma aula mais efetiva por parte do docente, pois ensinar está relacionado à comunicação. O ensino só tem sentido só tem sentido quando implica na aprendizagem, por isso é necessário conhecer como o professor ensina e entender como o aluno aprende, só assim o processo educativo poderá acontecer e o aluno conseguirá aprender a pensar, a sentir e a agir.

Não há aprendizagem sem motivação, assim um aluno está motivado quando sente necessidade de  aprender o que está sendo tratado. Por meio dessa necessidade, o aluno se dedica às tarefas inerentes até se sentir satisfeito.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A viagem


De fato, o que é verdadeiramente essencial em uma viagem? O desejo de partir, a vertigem da descoberta, a alegria do encontro e, depois, a obsessão do regresso. Não encontramos nenhum grande viajante que não tenha experimentado todos estes sentimentos, sucessivamente. Alguns adiaram mais do que outros, uns foram mais persistentes, quiseram ir mais além, roçaram os limites e o ponto de não regresso. Mas todos eles desesperavam por partir, por encontrar e por voltar.

Uma viagem é sempre, assim e antes de mais nada, uma questão pessoal. Podemos viajar em solitário, a dois, a quatro, até em pequeno grupo. Mas as únicas viagens que contam, que marcam e que vivem conosco para sempre, são aquelas para as quais nos preparamos mentalmente, aquelas que começam por ser interiores, antes de serem exteriores.

As viagens que verdadeiramente me marcaram são aquelas que continuaram depois do regresso – aquelas que continuam a viajar comigo constantemente. E essas, não têm a ver tanto com a trilha que percorri, com o restaurante onde comi ou com a paisagem que vi: têm a ver sobretudo, com o estado de espírito em que me encontrava nessas ocasiões, nas sensações que experimentei, os desejos que tinha, o cansaço ou a calma, o calor do sol no corpo, o aconchego do frio, a paz de espírito e o desejo de ir mais além, ou a tentação de ficar ali para sempre.


Viajar é também um ato de liberdade. Porque viajar é conhecer e todo o conhecimento é uma condição de liberdade. Viajar é descobrir o outro – os seus costumes, as suas tradições, o seu país, a sua paisagem, as suas trilhas, os seus sonhos e as suas ilusões. Viajar é ver as coisas em perspectiva, o nosso mundo e o dos outros. É compreender, apreender, aceitar as diferenças. Por isso, a viagem é o maior antídoto, também, contra a ignorância e contra a autosuficiência, de onde nascem todos os fanatismos e todas as intolerâncias.


Porque o viajante não tem leis, nem credos universais. Ele sabe que o mundo é demasiado vasto para a nossa capacidade de compreensão, que o mundo é demasiado diferente e complexo para ser reduzido a verdades pretensamente universais. Por isso, o verdadeiro viajante não parte com ideias feitas nem sai de casa com o catálogo dos locais a visitar nem a programação detalhada da viagem. Quando se viaja, não se procura, encontra-se.


Nos tempos que correm é difícil, todavia, distinguir um viajante de um turista. No meu conceito romântico e, talvez elitista, a viagem ela deve conter necessariamente uma dose de solidão, de desconforto e de desnorte. Exatamente, o oposto do turismo organizado, que é mais fácil, mais seguro, mais barato e onde, acima de tudo, o que valoriza a viagem é o “convívio” e não a solidão.


Uma viagem dá-nos a conhecer a nós próprios e, muitas vezes, o nosso limite. Dá-nos a conhecer o mundo e os outros, ensinando-nos a entender e a respeitar as diferenças. Desperta o sentido de descoberta, a vontade de conhecimento e de encontro. A viagem ensina-nos a ser responsáveis, solidários, práticos, livres e auto-suficientes.


Enfim, indo além, a literatura de viagem ensina-nos que o mundo conhecido foi descoberto por quem se aventurou a descobri-lo, por quem trocou o conforto, a segurança e a crença de que o centro do mundo somos nós e o nosso lugar, pela curiosidade de ver o que havia para além e pelo prazer de dar testemunho da descoberta. Muito mais do que os conquistadores e muito mais do que os governantes, o mundo que temos foi-nos trazido e dado a descobrir e a desfrutar pelos viajantes.


Elias Luiz

Editor do portal Extremos
www.extremos.com.br

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Um ano da Expedição "Jornada da Estrela: Expedição Cone Sul"


Estamos comemorando um ano do início da Jornada da Estrela: Expedição Cone Sul e mais uma vez o compromisso dos professores Robson Macedo, Marco Berao e Gilmar Guedes.
Personalizamos o início destas palavras porque sabemos que eles são realmente excepcionais e merecem ser destacados.
Quando eu e toda a equipe de trabalho do Consulado Geral da Argentina no Rio de Janeiro conhecemos o projeto de Jornada da Estrela ficamos fascinados. Ele representava um conjunto de ideais um mais nobre que o outro. E eles estavam se propondo resumir todos eles duma vez.
Dedicação, amizade, compromisso, aventura, formação, amor, progresso... E ainda tem mais.
O interesse do Consulado Geral da Argentina no Rio de Janeiro não veio pela acidental conexão do percurso de um carro que iria atravessar nosso país, mas pela comunhão de princípios e valores entre este projeto e os que queremos que caracterizem a união entre a Argentina e o Brasil.
Ficamos maravilhados com o espírito da travessia e o seu atrevimento. Devemos confessar que em algum momento achamos que poderiam não conseguir. Mas e possível que essa é uma característica comum a todas as empresas ousadas. Conseguir o inacreditável é o que as converte em inesquecíveis e em uma fonte de inspiração.
Robson, Gilmar e Marcos não só foram até o fim do mundo... desde o Rio de Janeiro... e voltaram... em 37 dias... em um carro do ano 1959... alimentado com óleo de fritura... Eles cumpriram com todos seus objetivos. Fizeram amizades em cada ponto que passaram, deixaram uma lembrança em cada pessoa que conheceram. E compartiram cada paisagem que admiraram.
Voltaram e continuaram trabalhando até ser reconhecidos por todo o mundo pelo que tinham conseguido. Hoje, são um exemplo e merecem toda a admiração que recebem.
Sentimos um pouco de inveja “boa” dos alunos que tem a sorte de contar com professores que estão dispostos a fazer o que eles fizeram. Hoje queremos também enviar para eles a mensagem de que saibam aproveitar isso. Tem esta exposição como advertência. Para lembrar que os sonhos são para ser cumpridos e que sempre terão um ajuda nesse caminho se visam alcançá-los pela via dos valores destes três professores do Colégio Brigadeiro Schorcht.

Sebastián D'Alessio
Consul Adjunto